MEC destina R$ 50 milhões para projetos de inovação
A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) vai receber R$ 50 milhões do Ministério da Educação (MEC) para investir no desenvolvimento de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), realizados por sua rede de centros de pesquisas credenciados com a indústria brasileira. O anúncio foi realizado hoje, em Brasília, durante entrevista à imprensa, oportunidade em que também foi anunciada a previsão de uma chamada pública para selecionar novos grupos de pesquisas em universidades federais para se tornarem Unidades Embrapii. Espera-se que 30% das instituições federais de ensino superior do país passem a integrar a rede até o final do ano.
“Vamos aproveitar o conhecimento das universidade e institutos federais para elevar a produtividade do país”, destacou o secretário-executivo do MEC, Antônio Paulo Vogel. O secretário de Ensino Superior, Wagner Vilas Boas, lembrou que o número de Unidades Embrapii em instituições de ensino federais foi ampliado de seis para dezessete no primeiro semestre deste ano. “Nossa meta é que, ainda em 2020, possamos ter 30% das universidades como Unidades Embrapii. Com isso, vamos aproximar, cada vez mais, a universidade do setor produtivo e gerar mais pesquisa, patente, desenvolvimento e os nossos alunos estarão mais envolvidos com a indústria.”
O diretor de planejamento e gestão da Embrapii, José Luis Gordon, destacou que ter uma indústria forte beneficia toda a sociedade com geração de empregos, renda e impostos. Gordon frisou ainda que o modelo de atuação da Embrapii vai atrair investimentos privados às universidades, à medida que prevê contrapartida financeira das empresas, e promover a formação de profissionais capazes de desenvolver soluções tecnológicas e atender a demanda de PD&I da indústria. “A partir do momento que você tem uma indústria mais inovativa, ela emprega mais e paga melhores salários. Nos projetos Embrapii em universidades e institutos, há envolvimento de alunos e professores, o que permite formar profissionais mais preparados para o mercado de trabalho.”
Segundo o Embrapii, seu programa de formação de recursos humanos prevê a participação de estudantes de graduação e pós-graduação em trabalhos que permitem o aprendizado a partir de experiências reais, atuando em projetos de pesquisa aplicada com a indústria. Além de adquirir habilidades e consolidar suas competências técnicas, o programa possibilita ao aluno o desenvolvimento de outras competências, como a persuasão, a negociação, o gerenciamento de projetos, comunicação e liderança.
Sobre - A Embrapii é uma organização social que tem contrato de gestão com o Ministério da Educação (MEC), de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e Saúde. De acordo com a entidade, em seis anos de operação, já apoiou quase mil projetos em parceria com empresas nacionais de diferentes portes e segmentos, totalizando R$ 1,5 bilhão em investimentos. A Embrapii atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais e como alvo o compartilhamento de risco na fase pré-competitiva da inovação. Ao compartilhar riscos de projetos com as empresas, tem objetivo de estimular o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para, assim, potencializar a força competitiva das empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional.
A entidade é presidida pelo médico veterinário e bioquímico Jorge Almeida Guimarães e tem no comando de seu conselho de administração o Engenheiro Químico Pedro Wongtschowski, que também preside o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), faz parte do Conselho Superior da Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras, do Conselho Superior da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), além de integrar conselhos de administração de grandes empresas, como Ultrapar, Votorantim e Embraer.
Com informações da Embrapii e MEC
Publicado em 03/07/2020
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