Busca
Faça uma busca por todo
o conteúdo do site:
   
Acesso à informação
Bolsa de Empregos
Concursos Públicos (CRQ-IV)
Consulta de Registros
Dia do Profissional da Química
Downloads
E-Prevenção
Espaços para Eventos
Informativos
Jurisprudência
Legislação
LGPD
Linha do Tempo
Links
Noticiário
PDQ
Prêmios
Prestação de Contas
Publicações
QuímicaViva
Selo de Qualidade
Simplifique
Sorteios
Termos de privacidade
Transparência Pública
 
Notícia - Conselho Regional de Química - IV Região

Notícia 

 


Fórum destacou as contribuições da Química para a sustentabilidade

 

A especialista Lilian Zarpon, segunda palestrante do evento, falou sobre os princípios que norteiam a Química Verde

 
Realizado pela Comissão de Ensino Técnico do CRQ-IV, o VII Fórum de Ensino Técnico tratou sobre um tema que ganha cada vez mais destaque no mundo: a sustentabilidade. O encontro aconteceu na tarde de sexta-feira, 18/11, e entre outros pontos discutiu a importância do Profissional da Química nesse contexto.

A Bióloga e Técnica em Saneamento Amanda Cristina Pines definiu a sustentabilidade como a capacidade de suprir as necessidades da atual geração, garantindo também a capacidade de atender as futuras gerações. Ela engloba iniciativas de cunho social, de governança e ambiental, e incentiva práticas baseadas nos 5 “Rs”: repense, recuse, reduza, reutilize e recicle. Repensar hábitos de consumo e recusar sacolas descartáveis no supermercado são alguns exemplos simples.

Amanda ressaltou que a reciclagem no Brasil é muito baixa – segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o percentual é de apenas 4%. Segundo ela, apesar da reciclagem ser importante, as práticas de recusar e reduzir são ainda mais fundamentais no momento. “Até que com o tempo a gente vá evoluindo com tecnologia e produzindo resíduos menos danosos ao meio ambiente", disse.

Ela falou ainda sobre o greenwhashing, termo criado em 1989 pelo ativista ambiental Jay Westerveld para definir práticas que utilizam discursos com apelo ecológico e que criam uma falsa aparência de sustentabilidade, sem de fato colocá-la em prática. São ações com apelo de marketing, com o objetivo de conquistar o consumidor.

Para finalizar, a especialista falou brevemente sobre a agenda de 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e reforçou a importância de que todos os países estejam envolvidos com essas iniciativas para garantir a existência das gerações futuras.

A segunda palestra foi apresentada pela Química Lilian Zarpon, especialista em Meio Ambiente e Sustentabilidade, e membro da Comissão Técnica de Saneantes do CRQ-IV. "As pesquisas no campo da Química são fundamentais para solucionar questões globais, sejam questões energéticas, climáticas, buscar materiais que possam ser melhor aproveitados, processos que gerem menos efluentes. Sem o trabalho do Químico a sociedade não teria os avanços que já conquistamos até o momento”, disse.

Lilian explicou que o termo Química Verde surgiu em 1991 e representa um ramo da Química voltado para o desenvolvimento de produtos e processos que buscam a redução ou eliminação do uso e da geração de substâncias perigosas. Para atuar dentro das diretrizes da Química Verde é necessário cumprir 12 requisitos como, por exemplo, prevenção, eficiência, solventes seguros, produtos seguros, Química segura contra acidentes. Ela esclareceu que Química Verde não é sinônimo de Química Sustentável. A primeira está relacionada especificamente a questões ambientais, enquanto a segunda também engloba aspectos sociais e de governança.

A palestrante falou ainda sobre a importância do Químico nas áreas de embalagem, energia e construção civil. A previsão é que em 2024 o mercado de embalagens atinja 1 trilhão de dólares, o que significa que existem muitas embalagens circulando no mundo. A Ásia é o principal consumidor, seguido da América do Norte e Europa. Esses produtos são feitos principalmente de plástico (45%) e papel/papelão (33,2%). A participação ativa dos profissionais da Química para melhorar esse cenário no futuro foi exemplificado por Lilian com um estudo que utiliza a fécula de mandioca para a produção de embalagens sustentáveis.

A participação dos Químicos também é fundamental na descoberta e no processo de transição para fontes energéticas renováveis. A combustão de carvão, petróleo e gás natural, principais fontes de energia não renovável, produzem dióxido de carbono, substância responsável por 80% da poluição que gera o aquecimento global, segundo dados apresentados por Lilian. Anualmente, são lançados 23 bilhões de CO2 na atmosfera. Desde a revolução industrial, as concentrações de dióxido de carbono aumentaram 31%. Pesquisadores do Laboratório Nacional de Dalian, na China, vêm desenvolvendo um processo que retira o CO2 da atmosfera para convertê-lo em gasolina sintética, que geraria não apenas um nível de carbono zero, mas carbono negativo.

A construção civil, apesar de ser uma área de grande importância, é também uma das mais poluentes. Mas segundo Lilian, já existem projetos sendo desenvolvidos com foco em sustentabilidade, como a iniciativa da Engenheira Química Nzambi Matee, no Quênia, voltada para a produção de tijolos de plástico reciclável.

Finalizando a palestra, a especialista falou sobre o conceito de Amazônia 4.0, conhecida como terceira via - a primeira via é a da preservação, introduzida pelo decreto 96.944/88, que criou o programa Nossa Natureza; a segunda via é a da expansão, focada no progresso da agropecuária e da mineração. A Amazônia 4.0 propõe a junção entre as duas vias anteriores, permitindo que a floresta continue a gerar renda e ao mesmo tempo seja preservada.

O evento foi mediado pelo Engenheiro Químico Wagner Pedroso, membro da Comissão Técnica de Meio Ambiente do CRQ-IV. A íntegra das discussões seguirá disponível no canal do Conselho no YouTube

 

Publicado em 21/11/2022


Voltar para a relação de notícias

 

 


 

Compartilhe:

Copyright CRQ4 - Conselho Regional de Química 4ª Região