Busca
Faça uma busca por todo
o conteúdo do site:
   
Acesso à informação
Bolsa de Empregos
Concursos Públicos (CRQ-IV)
Consulta de Registros
Dia do Profissional da Química
Downloads
E-Prevenção
Espaços para Eventos
Informativos
Jurisprudência
Legislação
LGPD
Linha do Tempo
Links
Noticiário
PDQ
Prêmios
Prestação de Contas
Publicações
QuímicaViva
Selo de Qualidade
Simplifique
Sorteios
Termos de privacidade
Transparência Pública
 
Notícia - Conselho Regional de Química - IV Região

Notícia 

 


Indústria registra queda de 35% nas vendas internas
 

Oleg Gamulinskiy from Pixabay

 

A indústria química sentiu o recuo da demanda geral por seus produtos em abril de 2020, causado pela pandemia de Covid-19. Segundo dados da Abiquim, em abril a produção do setor recuou 19,4% em relação ao mês anterior. No mesmo período, as vendas internas caíram 35,7%, enquanto que o consumo aparente nacional (CAN), que mede o resultado da soma da produção mais importação excetuando-se as exportações, caiu 9,4%.

Em relação ao índice de utilização da capacidade instalada, como o setor não pode desligar as plantas, uma vez que a operação da maioria delas é em regime de processo contínuo, a média de uso foi de 65% em abril. “A maior parte das unidades está operando no mínimo do limite, o que torna os custos unitários de produção mais elevados, piorando o quadro de competitividade do setor”, analisa a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.

Na comparação com igual mês do ano passado, os indicadores tiveram os seguintes resultados em abril de 2020: índice de produção caiu 13,5% e vendas internas recuou 36,4%. No entanto, ocorreu a elevação do volume importado em abril deste ano, de 77%, em relação ao mesmo mês do ano passado, resultando também em um aumento do CAN, de 24,3%, como resultado na média do período de maio de 2019 a abril de 2020, os produtos importados representam 45% do mercado local de químicos.

Fátima Ferreira explica que apesar da desvalorização do Real em relação ao Dólar, o excesso de produtos químicos no mercado internacional e a queda de preços das matérias-primas derivadas principalmente da nafta geram alta das importações. “Há um delay de três a seis meses em relação ao preço de alguns energéticos e matérias-primas no Brasil em relação à cotação no mercado internacional, como o gás natural em abril, as empresas pagavam o gás como referência do Brent a US$ 50/barril, enquanto o mercado internacional precificava entre US$ 20-30/barril”, analisa.

Segundo pesquisa realizada pela Abiquim na primeira quinzena de maio, a tendência do setor para o mês de maio é a manutenção dos índices de produção obtidos em abril, mas 36% das empresas apresentaram um recuo nas vendas internas em relação ao mês anterior. Apesar da desvalorização do Real, que poderia estimular as exportações e compensar o declínio nas vendas internas, 33% das empresas informaram que as vendas externas declinaram em relação ao mês anterior e os produtos importados, que se beneficiaram com matéria-prima mais barata, pressionam o mercado interno.

A Abiquim também pesquisou sobre o acesso as empresas do setor ao crédito. Apenas 33% das empresas consultadas recorreram ao mercado financeiro, sendo que, desse total, 27% não conseguiram acessar as linhas de recursos disponibilizadas. “As empresas que tiveram acesso negado pelas instituições financeiras apontaram o excesso de burocracia, o aumento de garantias e a elevação dos juros como os motivos para não conseguirem acessar as linhas de crédito”, afirma Fátima Ferreira.

 

 

Publicado em 01/06/2020


Voltar para a relação de notícias

 

Compartilhe:

Copyright CRQ4 - Conselho Regional de Química 4ª Região