Morre Paulo Cunha, ícone da indústria química
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Aos 82 anos, morreu na madrugada deste domingo (3), no Rio de Janeiro, o empresário Paulo Paulo Guilherme Aguiar Cunha, ex-presidente do Grupo Ultra (Ultragaz e Petróleo Ipiranga) e considerado um dos principais líderes industriais do país.
Cunha iniciou sua carreira na área química na década de 1960, quando ingressou na Petrobras por meio de concurso público. Entre outras atividades, coordenou o curso de de formação de engenheiros e o projeto da fábrica de amônia e ureia em Camaçari (BA).
O ingresso no Grupo Ultra se deu em 1967, onde conduziu a implantação da Oxiteno, empresa que dirigiu até 1992. Presidiu também a Ultrapar, entre 1981 e 2006, que por conta das reestruturações que implementou, o que incluiu a abertura de seu capital, em 1999, tornou-se outra companhia gigante do setor.
Cunha teve intensa atividade institucional, presidindo entidades como o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), que ele havia ajudado a fundar, o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) e a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), a qual dirigiu entre 1979 e 1983.
De acordo com a Abiquim, sua liderança foi fundamental na ação política da entidade, no momento em que o país enfrentava grandes desafios da época, como a segunda crise do petróleo e o choque de juros dos Estados Unidos. A nota emitida pela associação destaca que Paulo Cunha foi o grande responsável por dar à Abiquim maior autonomia na gestão do conhecimento e inovação. Para fortalecer seu perfil mais técnico e moderno, foram criadas em sua gestão as comissões de trabalho, estrutura que permanece até hoje na associação. A primeira a ser criada foi a Comissão de Mercado, que mais tarde se chamaria Comissão de Economia. Viriam depois as comissões de Meio Ambiente, Tecnologia e Comércio Exterior.
Publicado em 04/07/2022
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