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Simpósio aborda nova regulamentação sobre suplementos alimentares

Participantes dirigiram perguntas a especialistas após cada ciclo de palestras

Em sua quarta edição, o Simpósio de Alimentos teve como destaques aspectos técnicos e mercadológicos, além da nova regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - a RDC nº 243/2018 - para os suplementos alimentares. O evento, organizado pela Comissão Técnica de Alimentos e Bebidas do CRQ-IV com apoio do Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado de São Paulo (Sinquisp), foi promovido nesta quarta-feira (2) e contou com a presença de 70 pessoas, entre profissionais e estudantes da área.

	Tatiana Pires, presidente da Abiad

O primeiro ciclo de apresentações foi dedicado ao panorama regulatório e às perspectivas para o futuro do mercado de suplementos. Na primeira apresentação, conduzida por Tatiana Pires, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Suplementos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), estiveram em pauta desafios e oportunidades gerados a partir do novo marco regulatório para o setor, que movimentou em 2018 um total de R$ 5,9 bilhões. Um indicador significativo levantado pela Abiad, que mostra a importância de se ter uma regulação específica para esse tipo de produto, aponta que os suplementos alimentares são consumidos por pelo menos uma pessoa em 54% dos lares brasileiros.

Na sequência, Mariana de Angelo Silva Alegre, diretora associada de Assuntos Regulatórios da Johnson & Johnson para a América Latina, falou sobre parâmetros de consumo de suplementos, como faixas seguras e níveis máximos de ingestão. Além disso, traçou um histórico sobre a regulamentação de suplementos no Brasil, que vinha sendo discutida desde 2008 e se consolidou somente uma década depois. O bloco foi encerrado com uma rodada de perguntas do público às especialistas.

Na segunda parte do simpósio, Priscilla Almeida de Araújo, da empresa IntegralMédica, especializada em suplementação esportiva, falou sobre aspectos técnicos de produtos voltados para o segmento, como aminoácidos, energéticos, proteínas e termogênicos.

Pesquisas científicas foram temas das apresentações que completaram o bloco. Na primeira, Marcela Albuquerque, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, ressaltou a importância para o organismo humano dos prebióticos e probióticos, a exemplo de bebidas lácteas fermentadas, e da biofortificação de alimentos. Já Letícia Bezerra Faria, da Unicamp, deu ênfase ao processo de fortificação de farinhas de trigo e milho com ácido fólico e ferro e seus impactos na saúde pública, como a redução da incidência de anemias.

Juliana: suplementos deveriam ser mais conhecidos pelo público

O evento foi encerrado com nova rodada de perguntas com a participação das palestrantes da tarde.

Incentivo - Estudante de Ciências dos Alimentos na ESALQ-USP em Piracicaba, Juliana Acácio Toledo Parede participou pela primeira vez de um evento do Conselho e considerou a experiência positiva. "Tenho interesse em saber mais sobre o processo de desenvolvimento e a legislação relacionada aos suplementos alimentares", salientou. Outro ponto levantado pela estudante é o fato de que esses produtos, por não serem restritos a atletas profissionais, deveriam ser mais conhecidos pelo público em geral. "A complementação que pode ser oferecida à dieta das pessoas é muito importante", afirmou.

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