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Frédéric Dietrich, diretor do Dec Group |
Com o patrocínio das empresas 4Tune Engineering, Dec Group, Freund-Vector, Ouro Fino Tecnologias Ambientais, Telstar e Waters Technologies do Brasil, o Conselho Regional de Química - IV Região (CRQ-IV) promoveu nesta quinta-feira em sua sede o
Simpósio Brasileiro de Medicamentos de Alta Potência. A iniciativa da Comissão de Química Farmacêutica do CRQ-IV teve o apoio do Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado de São Paulo (Sinquisp) e da Associação Paulista dos Profissionais Químicos na Indústria Farmacêutica e Afins (APQuif). O evento contou com tradução simultânea.
De acordo com Antonio Carlos Teixeira, integrante da Comissão de Química Farmacêutica do Conselho, o Simpósio serviu para discutir as mais recentes tendências do setor, como o investimento crescente em medicamentos de combate a variados tipos de câncer, um dos mais atendidos pelos fármacos de alta potência. "O evento tratou de três grandes áreas: processos, meio ambiente e equipamentos. A evolução tecnológica permitiu aumentar o nível de segurança em todo o fluxo de produção e destinação desses medicamentos, proporcionando um manuseio seguro e evitando danos ambientais", explicou.
A utilização das tecnologias Quality by Design (QbD) e Design Space (DS) para o desenvolvimento de produtos e otimização de processos com os Insumos Farmacêuticos Ativos de Alta Potência (HPAPIs, na sigla em inglês) foi o objeto da primeira palestra da programação pelo Engenheiro português João Espiga Machado, da empresa 4Tune Engineering. A apresentação incluiu informações sobre ferramentas de análise de risco nas diferentes etapas dos processos produtivos e técnicas de análise multivariada.
O suíço Frédéric Dietrich, diretor da empresa Dec Group, descreveu, por meio de estudos de caso, o funcionamento de sistemas de gerenciamento de risco como o Powder Transfer System (PTS) e o Drum Containment System (DCS), além de equipamentos utilizados na manufatura de medicamentos. Segundo ele, em uma planta industrial, todos os parâmetros devem ser considerados em uma relação de contenção, segurança e produtividade.
Encerrando a programação da manhã, o Bacharel em Química Amadeu Hoshi Iglesias, da empresa ApexScience, parceira da Waters Technologies do Brasil, mostrou metodologias analíticas para validação de limpeza e vantagens que podem ser obtidas com a utilização da espectrometria de massas na produção de fármacos, tomando como exemplo o Detector de Massas Acquity QDa.
A primeira palestra do período da tarde foi ministrada pelo norte-americano Robert Claassen, gerente de Vendas Técnicas da empresa Freund-Vector, fabricante de equipamentos para indústrias farmacêuticas e de outros segmentos. Entre outros aspectos, Claassen destacou a importância do maquinário utilizado em etapas como granulação, revestimento e secagem, que integram o processamento de compostos de alta potência.
Tecnologias e equipamentos indicados para o tratamento de efluentes contaminados com substâncias citotóxicas foram abordados por Marco Rogério Gomes da Silva, diretor da empresa Ouro Fino Tecnologias Ambientais. Com foco no processo denominado "foto-fenton", utilizado para realizar oxidação de matéria orgânica, ele explicou que a definição da tecnologia a ser utilizada no processo de tratamento depende do tipo de efluente, volumes envolvidos, o pH em que o composto é solúvel e o custo por metro cúbico de material gerado.
Realizada pelo Engenheiro Marcos Yamanaka, da empresa Telstar, a última palestra do Simpósio teve como foco projetos farmacêuticos para a produção de medicamentos de alta potência. O manuseio de princípios ativos, normas de segurança, limpeza de equipamentos e ambientes, além de requisitos para armazenamento foram alguns dos tópicos discutidos.
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Natália destacou a apresentação de equipamentos |
A programação incluiu ainda uma mesa redonda com os palestrantes convidados, onde os participantes puderam tirar dúvidas sobre processos.
Abrangência - O público do Simpósio foi composto por profissionais que atuam na área de validação analítica e de limpeza, meio ambiente, segurança, engenharia e processos nas indústrias farmacêuticas ou farmoquímicas. Um dos participantes foi o Engenheiro Químico Leonardo Alves, que atua como Analista de Industrialização na fabricante de essências aromáticas Firmenich, de Cotia. Para ele, o evento foi uma oportunidade para uma troca de experiências e expansão dos contatos profissionais (
networking). "O nível técnico dos palestrantes é muito elevado. Tive um bom entendimento das informações", ressaltou.
Farmacêutica na área de Processos nos Laboratórios Aché, de Guarulhos, Natália Barradel também elogiou a qualidade das apresentações. "Foi possível ter uma visão geral dos equipamentos utilizados na produção. Já conhecia produtos de algumas das fornecedoras presentes no Simpósio. O contato com palestrantes que trabalham nessas empresas foi bastante útil", garantiu.
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