Pesquisadores da reparação do DNA vencem Nobel de Química 2015
Cancer Research UK
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K. Wolf/AP Images for HHMI
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M. Englund, UNC-School of Medicine
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Tomas Lindahl |
Paul Modrich |
Aziz Sancar |
A Real Academia Sueca de Ciências anunciou nesta quarta-feira os ganhadores do Prêmio Nobel de Química de 2015. São eles o sueco Tomas Lindahl, 77 anos, do Instituto Francis Crick e do Laboratório Clare Hall, ambos do Reino Unido; o americano Paul Modrich, 69 anos, da Escola de Medicina da Universidade de Duke (EUA); e o turco Aziz Sancar, também de 69 anos, da Universidade da Carolina do Norte (EUA).
De acordo com o comitê responsável pelo prêmio, os três pesquisadores foram laureados por desenvolverem uma "caixa de ferramentas de reparação de DNA", por meio do qual foi possível mapear, em nível molecular, a forma como são reparadas células danificadas, o que permite também a preservação de dados genéticos.
Johan Jarnestad/
The Royal Swedish Academy of Sciences
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Ilustração detalha a estrutura da molécula de DNA (clique para ampliá-la)
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"A razão pela qual o nosso material genético não se desintegra num completo caos químico passa pelo fato de que um conjunto de sistemas moleculares monitora e repara continuamente o DNA. O Prêmio Nobel de Química 2015 é concedido aos três cientistas pioneiros que mapearam a forma como funcionam muitos desses sistemas de reparação em um nível molecular pormenorizado", afirmou o Comitê Nobel, por meio de comunicado.
Até a década de 1970, os cientistas acreditavam que o DNA era uma molécula estável. Porém, Tomas Lindahl descobriu que o DNA se deteriora constantemente, o que levou o pesquisador a encontrar os mecanismos que evitam o colapso da molécula. Aziz Sancar, por sua vez, mapeou a reparação feita pelas células para corrigir os estragos provocados pelos raios ultravioleta no DNA. Já Paul Modrich demonstrou como as células podem reduzir, em mais de mil vezes, a frequência de erros ocorridos quando o DNA é replicado durante a divisão de uma célula.