Os 100 anos de uma patente brasileira
Fundação Conrado Wessel
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Há um século o químico e fotógrafo Ubaldo Conrado Augusto Wessel (1891-1993), nascido na Argentina e naturalizado brasileiro, patenteou no Brasil uma nova fórmula para banhar o papel fotográfico. Ele iniciou suas pesquisas em 1908 e as aprimorou em laboratórios de Viena, na Áustria, e da Escola Politécnica de São Paulo, futura unidade da Universidade de São Paulo (USP). Sua fórmula permitia fixar melhor a emulsão de sais de prata na base do papel. Após patentear a inovação, em 1921, Wessel (abaixo, com aparelho fotográfico) começou a vender o papel para fotógrafos. Pouco depois, fundou o que se considera ser a primeira empresa produtora de papel fotográfico do país, a Fábrica Privilegiada de Papéis Photograficos Wessel, em São Paulo.
O empreendimento chamou a atenção de empresas internacionais, entre elas a Kodak, com a qual Wessel fechou contrato de transferência da patente. A empresa norte-americana construiu uma fábrica mais moderna em Santo Amaro, a Kodak-Wessel, administrada por ele. O acordo durou até 1954, quando a patente passou definitivamente à Kodak. Wessel tornou-se rico e adquiriu imóveis em São Paulo que hoje integram o patrimônio da fundação que leva seu nome e fomenta a arte, a ciência e a cultura.
Publicadpo em 13/10/2021
Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.