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Jul/Ago 2016 

 


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Inovação - Inseticida para combater a dengue vence concurso realizado pela Fiesp


Divulgação

     Rodrigo Perez, diretor da BR3

Empresa do ramo de biotecnologia, a BR3 recebeu da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) o prêmio na categoria “Operacional” do 8º Concurso Acelera Startup, realizado pela entidade, pelo desenvolvimento do inseticida biológico DengueTech, que combate o mosquito Aedes aegypti, transmissor de três doenças (dengue, zika e chikungunya), sem gerar impactos negativos ao meio ambiente e aos seres humanos. A premiação ocorreu no dia 6 de julho.

Em entrevista ao Informativo, o diretor da BR3, Rodrigo Perez, afirma que o produto começou a ser viabilizado a partir de 2011, quando a empresa foi selecionada pela Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) para desenvolver um biolarvicida.

Após a transferência de tecnologia, a empresa passou por etapas regulatórias e de definição dos parâmetros de produção em conformidade com os preceitos das Boas Práticas de Fabricação (BPFs). Ao cumprir os requisitos legais, o DengueTech obteve a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passou a ser fabricado regularmente pela BR3.

Instalada na incubadora de empresas do Centro de Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo (Cietec), vinculado ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/USP), a BR3 recebeu apoio para aprimorar processos e formulações de grânulos dispersíveis e de tabletes de uso direto.

“Usando apenas coformulantes utilizados na indústria farmacêutica, conseguimos produzir uma fórmula não irritante, não sensibilizante, e que poderá vir a ser autorizada até mesmo para ser usada em água potável”, acredita Perez.

FUNCIONAMENTO – O inseticida foi formulado com bactérias do tipo Bti (Bacillus thuringiensis var. israelensis). “A parte ativa da formulação é um agente biológico de controle, capaz de produzir proteínas letais apenas às larvas do mosquito quando colonizam seu trato digestivo. E não criam problemas aos seres humanos”, explica o diretor da fabricante.

Em contato com a água, o DengueTech se dissolve e é ingerido pelas larvas do mosquito Aedes aegypti, matando-as em menos de 24 horas. O biolarvicida se mantém ativo por um período de 60 dias.

O produto já foi utilizado pela Superintendência de Controle de Endemias de São Paulo (Sucen-SP) em estudo simulado de campo e foi um dos que obteve melhores resultados na pesquisa, publicada no site do Ministério da Saúde em novembro de 2014 (clique aqui para baixá-la).

De acordo com Rodrigo Perez, uma característica importante do Bti é ser “a única forma de se controlar o Aedes que não provoca o desenvolvimento da resistência do mosquito, algo extremamente positivo, pois permite o uso massivo da nova tecnologia sem agravar o dificílimo quadro de controle do vetor em ambiente de crescente circulação de doenças transmitidas por insetos”, ressalta.





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